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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Entrevista: Dill Finamore

Dill Finamore nasceu em 21/06/94 em Coronel Fabriciano. Mas foi em Ipaba que morou a vida toda e de lá que surgiu esse craque. E é com ele que começamos com pé direito essa coluna nova do Arruda Opina. Esse garoto, apesar da idade, já tem muita história para nos contar e é isso que você confere agora!



Como se interessou pelo futebol?
Eu não gostava de jogar em campo, nem nada do tipo. Preferia os campinhos de pelada mesmo. Só que um dia todos meus amigos entraram no time da cidade e meu irmão também já jogava. Então eu fui também!

Desde que começou a jogar, qual foi sua trajetória até chegar no Cruzeiro? Sua adaptação aqui foi difícil?
Comecei na escolinha da minha cidade. Depois meu irmão começou a jogar no time do Ipatinga. Então ele me indicou para o coordenador da escolinha, que hoje é meu procurador. Fiz um teste e na época ainda não era categoria de base. De lá, saí pra fazer dois testes: o primeiro no SPFC e depois no Cruzeiro. Passei nos dois, mas no fim escolhi o Cruzeiro.
Não foi muito difícil. No começo todos acham que a saudade é grande, mas não é. É tudo aquilo que um garoto da minha idade sonhava: jogar em um time grande como o Cruzeiro. Então a felicidade era tanta que a saudade não chegava nem perto de interferir na minha adaptação.

Quais as dificuldades que você enfrentou até hoje e quais enfrenta ainda?
Minha lesão que me afastou por 23 dias. Essa é a única coisa que pra mim foi uma dificuldade mesmo. Graças a Deus, não passei por outras coisas ruins na minha vida de jogador além disso.

Já pensou em desistir?
Nunca. Se eu não for conseguir, que pelo menos seja tentando. Quem quer de verdade uma coisa não desiste dela. Eu sei que o caminho é longo e muito difícil. Tenho muito medo de não conseguir ser o jogador que eu planejo ser.

Quem te dá mais força na sua profissão?
Meus pais me dão força demais, inclusive eles são uma das razões para eu estar nessa luta. Também parentes e amigos.

Na sua carreira, qual foi a conquista mais importante?
A minha conquista mais importante até hoje foi ser capitão da minha equipe. De títulos foi o Campeonato Mineiro e a copa Promissão, ambas sub-17.

Fala um pouco da última conquista que foi o BH Youth Cup.
Foi uma competição maravilhosa da nossa equipe. Vencemos invictos com um empate apenas. Isso foi bom para nossa equipe, porque tínhamos acabado de perder o titulo estadual.

Como capitão, quais suas responsabilidades? Sente o peso disso?
Todos tem responsabilidades iguais dentro de campo, mas como só tem uma braçadeira de capitão e somente um pode usar, sobrou pra mim né? (risos) Brincadeira. Sinto sim e gosto muito, porque só de vestir a camisa do Cruzeiro já é uma responsabilidade imensa. Sei bem grandeza da instituição que estou defendendo. Gosto porque se eu não conseguir levar a pressão de jogar no sub-17 e ser capitão, como vou um dia jogar na equipe principal, onde a cobrança é muito maior? Então é bom ir se acostumando de uma vez.

Quais suas expectativas e planos para esse ano?
As melhores possíveis. Meus três anos aqui foram anos excelentes. Agradeço muito a Deus, não tenho nada que reclamar. Mas como eu disse, é passado e o que vale é o presente. Tenho que tentar manter a constância, porque se não de nada irá adiantar meu esforço passado. Que nós possamos fazer bons jogos, subir vários jogadores da base para o profissional e ganhar títulos.

Você me disse que na mesma época que passou no teste do Cruzeiro, você conseguiu passar no SPFC. O que realmente pesou na decisão?
O que pesou foi minha família, porque Belo Horizonte é perto da minha cidade e Cotia, onde fica o CT do SPFC, é muito longe. Também eu não iria ficar alojado lá: iria ficar indo lá de três em três meses pra treinar. E na época, o Cruzeiro tinha uma amizade com o Ipatinga FC.

Você me disse também que sua posição original é volante. Prefere ser zagueiro ou volante?
Olha, eu prefiro jogar. Não importa em que posição seja. Se hoje eu tivesse quatro ou até mesmo três cm a mais, eu seria zagueiro. Acho que sei jogar muito bem, me posiciono bem também. Jogaria de volante, até mesmo por ser um pouco mais valorizado no mercado, dependendo do jogador.

Quais suas principais qualidades como jogador?
Sou muito aguerrido. Todos meus jogos são de 100% de entrega. Não gosto de perder, não gosto de tomar cartões. Acho que é por isso que nesses três anos, tive apenas um cartão vermelho, sou técnico e por ser menor que os outros, sou um pouco mais rápido. Sendo ou não capitão, me considero um líder .

No cenário que o Cruzeiro vive, você acha que pode ter chance no profissional? Acha que o Cruzeiro precisa aproveitar mais a base?
Acho que tenho chance sim, assim como muitos na base. Antes do Diego Renan subir, ninguém dizia que ele tinha chance. Jerson Magrão foi embora e ele que era volante e destro, aproveitou a oportunidade na lateral esquerda. Na base temos muito bons jogadores que merecem sim uma chance e afinal de contas, a Toca I está lá para isso: formar jogadores para o clube. Então eles tem que usar e abusar da base.

Qual é a desvantagem de ser jogador? Os cuidados que você precisa ter, com relação os fãs, rotina, família, etc?
Desvantagem é que você fica longe de casa, de amigos e perde um pouco da infância, isso para quem começa cedo em um clube. Os cuidados são respeitar a todos, ter humildade com as pessoas que te admiro, para que essa admiração não se transforme em uma coisa contrária. Com a rotina, você tem mesmo é que se cuidar, porque o seu corpo é sua ferramenta de trabalho. Com a família é tentar deixar eles felizes com o seu rendimento e também tranqüilos quanto a sua situação fora de casa.

Se você pudesse modificar uma coisa que aconteceu no ano passado, qual modificaria?
Não modificaria nada, porque para mim passado é passado. Não devemos mexer nele.

Qual seu maior sonho hoje, profissionalmente falando?
Meu maior sonho é chegar a equipe principal do Cruzeiro ou de outra equipe da série A, ajudar minha família financeiramente e chegar também a seleção principal um dia. Jogar em um time grande da Europa e jogar uma Copa do Mundo pelo Brasil.

Perguntas feitas pelo twitter:

@Net_Esportes: Qual é o próximo passo da sua carreira após ter subido para o time profissional do Cruzeiro?

Após subir para a equipe principal, o próximo passo será dedicação total como sempre foi e buscar sempre estar crescendo dentro do clube pra um dia chegar à seleção.

@Net_Esportes: Diferentemente de muitos, você escolheu ser zagueiro. Qual o motivo?

Não foi uma escolha minha. Comecei como meia, mas pela falta de técnica, fiquei como volante. Chegando no Cruzeiro, na falta de um zagueiro para o treino eu me ofereci e  me dei bem na posição. Daí em diante, passei a ser zagueiro. Mas pela altura, creio eu que estarei voltando a jogar de volante.

@joaonicolau5: Dill, Copa 2014: sonho ou realidade?

Ainda é apenas um sonho, que será construído de muito trabalho, suor, dedicação e fé em Deus. Não posso dizer que é uma realidade porque não sabemos o dia de amanha, nem sei mesmo se vou me tornar um jogador. Ainda tenho muito chão para correr.

@crafper: Quem para você na atualidade é o melhor zagueiro do Brasil a quem você se espelha?

Réver do Atlético-MG junto com o Victorino. Jogando no Brasil, me espelho muito no Victorino e no Chicão, que são zagueiros não tão altos assim com eu e que têm um estilo de jogo como o meu.

@Vinicin_Freitas: O que falta para você chegar na seleção?

Creio que falta oportunidade. Venho trabalhando muito no Cruzeiro nesses três anos, com uma regularidade muito boa e três anos de titularidade também. Tem a questão de altura também.


Nós do Arruda Opina, agradecemos ao Dill pela credibilidade e desejamos muita sorte e sucesso.  

5 comentários:

Unknown disse...

pow Diil, bela entrevista, boa sorte sua carreira ai fih, que possa dar tudo certo !

Anônimo disse...

Desejo todo sucesso do mundo pra você Dill! Kamilla Finamore

jader lima disse...

Parabens dill te conheço a pouco tempo mas vc é um cara guerreiro tem sonhos e é um cara que tem objetivos sonhe alto cara vc mereçe Boa sorte na sua carreira profissional vc mereçe deus te abençoe

Welmo Moura disse...

Caro amigo Dill, mto sucesso mlk, vc merece e sabe como todo bom GUERREIRO, que lutando que se chega e vc carrega esta estrela, estrela que possui todos os ítens necessários pra um grd vencedor.
Abraço do professor!
Boa Sorte!

Maura Emília disse...

Parabéns Dill, vc é um guerreiro, te desejo todo sucesso do mundo, vc já é um vencedor!!! Abraços